sábado, 6 de abril de 2024

ALFA

 Cara, quem disse para você que eu quero a sua ajuda?

Quem disse, que eu escuto músicas, rio e danço por causa de você?

Quem disse que eu preciso de macho maçon para eu me realizar.

Ha, ha,ha.

É estranho, porque, eu não conheço e nem quero conhecer.

Eu sequer me digno a olhar pra você..

Sua covardia é perniciosa, e para se engrandecer é necessário me diminuir 

Joga a bola alta no campo de areia do machismo escroto

dizendo que minha autenticidade é loucura

Insanidade?  É sua, achar que minha maneira de viver, comemorando a vida,

na privacidade do meu lar, é relativo a você.

Pára.

No meu jogo de palavras essa raquetada é pra você

Siga em frente, me supere e aceite que na sua turma eu não quero entrar

Partidária sua doutrina eu não serei

e que são vocês que precisam de alguém,

tão ALFA como eu... 

domingo, 20 de setembro de 2020

Lutas

 


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INCANSÁVEL
Desistir da vida era algo não crível
Viver é um belo presente.
Este último,
aprendizagem tardia.
Sinceramente,
foi ilusão pensar que  sofrer lhe favoreceria
perdurar  foi equívoco  ...



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DESATINO.  
Lhe ofendi.                                          
Start para seu plano maligno  de acabar comigo
Oh!Falido!               
Nas reviravoltas mentais 
Nas pressões sofridas
Desistir poderia derradeiro
Para você...
Ainda bem que a lição do amor próprio
 seria a melhor medicina  para o que viria enfrentar...


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DEVASSÁVEIS
Triste mesmo foi ter o íntimo invadido.
Ao menos, as coisas sozinha ditas
tenham virado HINO.
Espero eu,
que o seu negócio de transformar o meu íntimo,
meu amores,                                                      
minhas dores,
em seguidores.                                                 
pela busca de MÉRITOS indevidos
tenha sido apenas isto...                                          


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CONQUISTADOS
Hinos de meu sofrimento
por muito escutados
Esperança minha que
aqueles que os tenham escutado
não sejam sejam  imolados e convencidos a 
dar fim em si mesmos. 
O que não fiz.

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LUTAR
Não está em meu sangue desistir,
Está no meu sangue te perdoar
dizer que evoluir é remédio suficiente
para lhe mostrar que o mundo pode ser de ofertas 
 mas trata-se mesmo é de ter coragem para mudar: para melhor.

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VENCEREMOS
O amor vencerá.
A família persistirá.
Amigos, 
e até partidários antigos
na luta pelo bem 
irão juntar.

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FELICIDADE
Outros hinos do meu íntimo
Irão se espalhar 
para dizer os ouvintes
que a todos à felicidade pode alcançar
e o amor altruísta é capaz
do mundo inteiro positivamente impactar

domingo, 19 de julho de 2020

Principesca!

SE SOU UMA GAROTA INCRÍVEL, por quê eu me sinto tão vulnerável?
Quando jovem me sentia sempre deslocada.
Hoje vejo como fui legal, cool mesmo. Entretanto, passei a vida achando que não.
Eu gostava de filmes, era bagunceira na escola, via filmes adultos tipo "lua de fel" e lia livros que não eram da minha idade. Tudo bem. Eu não podia ir longe mesmo para pegar livros- não tinha grana.
Fazia magias, rituais e lia tarô.
Na universidade eu queria ser fashion e princesinha com kit completo: pais amorosos,
família incrível, cabelos glamourosos, baladas fantásticas e tudo mais… quem não quer algo
assim? Kit sucesso!
Nunca fui perfeitinha e tentei inventar uma história assim… parecida com esta. Obviamente
não deu certo, porque sempre existirão pessoas para te lembrar quem você é de verdade. Ou melhor,
quem você não é.
Produzir uma história para encaixar é o primeiro passo para empacar a vida.
O curso natural das coisas, suas histórias reais é como a jornada do rio até o mar, desce-se
por caminhos sinuosos numa interminável caminhada rumo ao que se busca, no caso do rio- o mar.
Não se pode trair sua própria história, mas aproveitar o que há de melhor.
Quisera eu, continuar lendo tarô, colecionando pedras energéticas e invocando a natureza.
Eu cresci.
...mas ainda sou aquela.
Hoje, o que quero mesmo é rir de minhas melhores histórias, superar definitivamente as
coisas ruins que aconteceram e valorizar tudo que vivo. 
Agora. Neste momento.
Nada principesca.
Nunca fui.
Nunca serei.
... E pra falar a verdade, achei esse personagem chato.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dias de pressa

GENTE MINHA AMIGA ME MANDOU ESTE TEXTO E NÃO É QUE É A RADIOGRAFIA DA VERDADE?

Você já teve a impressão de que os dias se passam cada vez mais céleres? Já passou pela sensação de Natais cada vez mais próximos uns dos outros, ou de semanas que passam tão corridas, que nem notamos os dias que escoam?
 Esses são dias de pressa, de correria, de intensidade. São dias onde as necessidades, deveres e compromissos se avolumam, e dias, noites, semanas são ocupados intensamente, e já não vemos o tempo passar.
 Já não mais nos debruçamos na janela da vida, para ver a vida passar. Não há tempo, com tão pouco tempo, para ver a vida. Só nos sobra tempo para vivê-la.
 Com a mente constantemente ocupada, o pensamento está sempre no próximo compromisso, no dever seguinte, no compromisso que se aproxima.
 Passa-se a viver o tempo dos nossos compromissos, o tempo da agenda cheia de datas, o tempo de fora.
 E o nosso tempo de dentro? O tempo de nossos sentimentos, do nosso corpo, das necessidades internas, será ele o mesmo tempo de fora?
 Ao nos atrelarmos a tanto e a tudo, os olhos, mente e preocupações ficam com as coisas de fora e esquecemos das coisas de dentro.
O tempo que nos impusemos para viver, não é o tempo do nosso organismo e de nossas emoções.
Quantas vezes as refeições são engolidas ao atropelo, quando não esquecidas, prejudicando o aparelho digestivo?
E a mente exigida intensamente, o controle emocional sob pressão constante, os sentimentos sempre em desafio não encontram espaço para serem cuidados.
Vivemos como se tivéssemos somente um mundo externo a cuidar, sem preocupações com o corpo, descomprometidos com a alma.
Como resultado, doenças que se instalam precoces, níveis de stress ou fobias se instalando em nós, sinalizando que algo está errado.
É verdade que a vida é feita de desafios, e que devemos cumprir nossas obrigações profissionais, buscar melhorar nossa condição de vida, dar conta dos compromissos assumidos.
Mas nada disso nos impede de vivermos como alguém que não esqueceu que tem alma, e que o corpo é somente veículo de que essa se utiliza, buscando aprendizado.
Desta forma, não se deixe envolver tão intensamente pelas coisas do mundo, já que ele é passageiro, e de eterno, somente sua alma.
Coloque na sua agenda também o seu tempo de oração, os momentos de meditação, as horas de reflexão tão necessárias para a vida de dentro.
Dê a si mesmo a oportunidade de almoçar com o prazer de sentir o gosto da comida, de desfrutar da companhia de quem compartilha a mesa, de respeitar o tempo de dentro.
Mesmo que a vida nos exija muito, e o tempo fique exíguo, as coisas de dentro terão sempre tanta importância quanto as coisas de fora.
Pensemos nisso.

MORRE LENTAMENTE

      A frase foi pinçada de um texto atribuído ao poeta chileno Pablo Neruda, mas, segundo outras fontes, foi a escritora brasileira Martha Medeiros que o publicou em 2000, sob o título
                                                          A Morte Devagar:


Morre lentamente

quem não viaja,

quem não lê,

quem não ouve música,

quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente

quem destrói seu amor próprio,

quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente

quem se transforma em escravo do hábito,

repetindo todos os dias os mesmos trajeto,

quem não muda de marca,

não se arrisca a vestir uma nova cor ou

não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente

quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,

justamente as que resgatam o brilho dos

olhos e os corações aos tropeços.



Morre lentamente

quem não vira a mesa quando está infeliz

com o seu trabalho, ou amor,

quem não arrisca o certo pelo incerto

para ir atrás de um sonho,

quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.



Viva hoje!

Arrisque hoje!

Faça hoje!

Não se deixe morrer lentamente!

NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ!

Minimamente feliz

   A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
   Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
   Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias
    'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!)' ou 'se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo'.
    Alguns crescem esperando a felicidade com letras maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo ao lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos’.
    Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
   'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
   Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu.
   'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.   
   Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes. Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
   Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
   Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.
   Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera. Texto de autoria de Leila Ferreira- jornalista

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Justiça Poética


  É simplesmente emocionante a decisão de um desembargador do Tribunal de Justiça e São Paulo. Um garoto pobre, que perdeu o pai em um acidente de trânsito pediu ajuda da Justiça Gratuita, mas um juiz negou. A negativa por si só já comove, principalmente pela falta de humanidade. Só que, a decisão de um desembargador é ainda muito mais emocionante
Decisão do desembargador José Luiz Palma Bisson, do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferida num Recurso de Agravo de Instrumento ajuizado contra despacho de um Magistrado da cidade de Marília (SP), que negou os benefícios da Justiça Gratuita a um menor, filho de um marceneiro que morreu depois de ser atropelado por uma motocicleta. O menor ajuizou uma ação de indenização contra o causador do acidente pedindo pensão de um salário mínimo mais danos morais decorrentes do falecimento do pai.
  Por não ter condições financeiras para pagar custas do processo o menor pediu a gratuidade prevista na Lei 1060/50. O Juiz, no entanto, negou-lhe o direito dizendo não ter apresentado prova de pobreza e, também, por estar representado no processo por "advogado particular".
  A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a partir do voto do desembargador Palma Bisson é daquelas que merecem ser comentadas, guardadas e relidas diariamente por todos os que militam no Judiciário.

Transcrevo a íntegra do voto:

 “É o relatório. Que sorte a sua, menino, depois do azar de perder o pai e ter sido vitimado por um filho de coração duro - ou sem ele -, com o indeferimento da gratuidade que você perseguia. Um dedo de sorte apenas, é verdade, mas de sorte rara, que a loteria do distribuidor, perversa por natureza, não costuma proporcionar. Fez caber a mim, com efeito, filho de marceneiro como você, a missão de reavaliar a sua fortuna.
 Aquela para mim maior, aliás, pelo meu pai - por Deus ainda vivente e trabalhador - legada, olha-me agora. É uma plaina manual feita por ele em paubrasil, e que, aparentemente enfeitando o meu gabinete de trabalho, a rigor diuturnamente avisa quem sou, de onde vim e com que cuidado extremo, cuidado de artesão marceneiro, devo tratar as pessoas que me vêm a julgamento disfarçados de autos processuais, tantos são os que nestes vêem apenas papel repetido. É uma plaina que faz lembrar, sobretudo, meus caros dias de menino, em que trabalhei com meu pai e tantos outros marceneiros como ele, derretendo cola coqueiro - que nem existe mais - num velho fogão a gravetos que nunca faltavam na oficina de marcenaria em que cresci; fogão cheiroso da queima da madeira e do pão com manteiga, ali tostado no paralelo da faina menina.
  Desde esses dias, que você menino desafortunadamente não terá, eu hauri a certeza de que os marceneiros não são ricos não, de dinheiro ao menos. São os marceneiros nesta Terra até hoje, menino saiba, como aquele José, pai do menino Deus, que até o julgador singular deveria saber quem é.
  O seu pai, menino, desses marceneiros era. Foi atropelado na volta a pé do trabalho, o que, nesses dias em que qualquer um é motorizado, já é sinal de pobreza bastante. E se tornava para descansar em casa posta no Conjunto Habitacional Monte Castelo, no castelo somente em nome habitava, sinal de pobreza exuberante.
   Claro como a luz, igualmente, é o fato de que você, menino, no pedir pensão de apenas um salário mínimo, pede não mais que para comer. Logo, para quem quer e consegue ver nas aplainadas entrelinhas da sua vida, o que você nela tem de sobra, menino, é a fome não saciada dos pobres.
  Por conseguinte um deles é, e não deixa de sê-lo, saiba mais uma vez, nem por estar contando com defensor particular. O ser filho de marceneiro me ensinou inclusive a não ver nesse detalhe um sinal de riqueza do cliente; antes e ao revés a nele divisar um gesto de pureza do causídico. Tantas, deveras, foram as causas pobres que patrocinei quando advogava, em troca quase sempre de nada, ou, em certa feita, como me lembro com a boca cheia de água, de um prato de alvas balas de coco, verba honorária em riqueza jamais superada pelo lúdico e inesquecível prazer que me proporcionou.
  Ademais, onde está escrito que pobre que se preza deve procurar somente os advogados dos pobres para defendê-lo? Quiçá no livro grosso dos preconceitos...
  Enfim, menino, tudo isso é para dizer que você merece sim a gratuidade, em razão da pobreza que, no seu caso, grita a plenos pulmões para quem quer e consegue ouvir.
  Fica este seu agravo de instrumento então provido; mantida fica, agora com ares de definitiva, a antecipação da tutela recursal.
  É como marceneiro que voto.
  JOSÉ LUIZ PALMA BISSON - Relator Sorteado”

ALFA

 Cara, quem disse para você que eu quero a sua ajuda? Quem disse, que eu escuto músicas, rio e danço por causa de você? Quem disse que eu pr...