terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dias de pressa

GENTE MINHA AMIGA ME MANDOU ESTE TEXTO E NÃO É QUE É A RADIOGRAFIA DA VERDADE?

Você já teve a impressão de que os dias se passam cada vez mais céleres? Já passou pela sensação de Natais cada vez mais próximos uns dos outros, ou de semanas que passam tão corridas, que nem notamos os dias que escoam?
 Esses são dias de pressa, de correria, de intensidade. São dias onde as necessidades, deveres e compromissos se avolumam, e dias, noites, semanas são ocupados intensamente, e já não vemos o tempo passar.
 Já não mais nos debruçamos na janela da vida, para ver a vida passar. Não há tempo, com tão pouco tempo, para ver a vida. Só nos sobra tempo para vivê-la.
 Com a mente constantemente ocupada, o pensamento está sempre no próximo compromisso, no dever seguinte, no compromisso que se aproxima.
 Passa-se a viver o tempo dos nossos compromissos, o tempo da agenda cheia de datas, o tempo de fora.
 E o nosso tempo de dentro? O tempo de nossos sentimentos, do nosso corpo, das necessidades internas, será ele o mesmo tempo de fora?
 Ao nos atrelarmos a tanto e a tudo, os olhos, mente e preocupações ficam com as coisas de fora e esquecemos das coisas de dentro.
O tempo que nos impusemos para viver, não é o tempo do nosso organismo e de nossas emoções.
Quantas vezes as refeições são engolidas ao atropelo, quando não esquecidas, prejudicando o aparelho digestivo?
E a mente exigida intensamente, o controle emocional sob pressão constante, os sentimentos sempre em desafio não encontram espaço para serem cuidados.
Vivemos como se tivéssemos somente um mundo externo a cuidar, sem preocupações com o corpo, descomprometidos com a alma.
Como resultado, doenças que se instalam precoces, níveis de stress ou fobias se instalando em nós, sinalizando que algo está errado.
É verdade que a vida é feita de desafios, e que devemos cumprir nossas obrigações profissionais, buscar melhorar nossa condição de vida, dar conta dos compromissos assumidos.
Mas nada disso nos impede de vivermos como alguém que não esqueceu que tem alma, e que o corpo é somente veículo de que essa se utiliza, buscando aprendizado.
Desta forma, não se deixe envolver tão intensamente pelas coisas do mundo, já que ele é passageiro, e de eterno, somente sua alma.
Coloque na sua agenda também o seu tempo de oração, os momentos de meditação, as horas de reflexão tão necessárias para a vida de dentro.
Dê a si mesmo a oportunidade de almoçar com o prazer de sentir o gosto da comida, de desfrutar da companhia de quem compartilha a mesa, de respeitar o tempo de dentro.
Mesmo que a vida nos exija muito, e o tempo fique exíguo, as coisas de dentro terão sempre tanta importância quanto as coisas de fora.
Pensemos nisso.

MORRE LENTAMENTE

      A frase foi pinçada de um texto atribuído ao poeta chileno Pablo Neruda, mas, segundo outras fontes, foi a escritora brasileira Martha Medeiros que o publicou em 2000, sob o título
                                                          A Morte Devagar:


Morre lentamente

quem não viaja,

quem não lê,

quem não ouve música,

quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente

quem destrói seu amor próprio,

quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente

quem se transforma em escravo do hábito,

repetindo todos os dias os mesmos trajeto,

quem não muda de marca,

não se arrisca a vestir uma nova cor ou

não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente

quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,

justamente as que resgatam o brilho dos

olhos e os corações aos tropeços.



Morre lentamente

quem não vira a mesa quando está infeliz

com o seu trabalho, ou amor,

quem não arrisca o certo pelo incerto

para ir atrás de um sonho,

quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.



Viva hoje!

Arrisque hoje!

Faça hoje!

Não se deixe morrer lentamente!

NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ!

Minimamente feliz

   A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
   Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
   Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias
    'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!)' ou 'se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo'.
    Alguns crescem esperando a felicidade com letras maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo ao lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos’.
    Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
   'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
   Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu.
   'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.   
   Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes. Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
   Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
   Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.
   Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera. Texto de autoria de Leila Ferreira- jornalista

ALFA

 Cara, quem disse para você que eu quero a sua ajuda? Quem disse, que eu escuto músicas, rio e danço por causa de você? Quem disse que eu pr...