quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Até onde alcance o pensamento e coração!

"Além da terrra, além do céu,
 no trampolim sem-fim das estrelas
nos rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e coração,
                VAMOS!
vamos conjugar o verbo fundamental, essencial,
o verbo transcedente, acimas das gramáticas,
e do medo da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver!" - Carlos Drummond de Andrade.
Arthur Schopenhauer, filósofo alemão, lançou uma teoria, visionária em sua época, que desmitifica o amor romântico, com argumentos que até, então, eram inéditos. Tal doutrina na verdade, era um prelúdio das Teorias Evolucionistas de Darwin, de Dawkins, que surgiriam muito tempo depois... 
Schopenhauer, tentou definir o amor como a manifestação de um desejo inconsciente de perpetuar a espécie. Segundo sua visão, conscientemente, ninguém suportaria carregar o fardo pesado que é a “vontade de viver” - nome que Schopenhauer atribuiu ao desejo instintivo de perpetuar a espécie, aquilo que nós, reles, humanos definimos como amor - sem um paliativo, no caso a busca da paixão eterna.
Nenhum ser humano quer admitir que todas as juras de amor, não passam de um artifício natural, inconsciente, para garantir a sobrevivência da espécie. Seríamos reduzidos a simples marionetes ou a criaturas programadas para reproduzir tal como animais irracionais.
O amor romântico, então,seria uma invenção cristã para justificar os impulsos primitivos inevitáveis - da "carne".
A priori, o texto parece uma antítese. 
Primeiro, transcreve, ipsis litteris, um poema romântico, com o toda a lírica que se espera: amor idealizado, superestimado, misterioso, lindo, poético. Depois vem a concepção pragmática de Schopenhauer sobre o amor que retira do mesmo, toda a névoa de doçura que o envolve.
Sabe... sempre desconfiei do amor... mas esperava ele chegar - sem pressa!
Algumas amigas me diziam: "Cuidado! Acabará sem ele"; Outras me diziam, que de tanto escolher, um dia, eu seria escolhida. Conhecidos aconselhavam;"carpe diem", "l profite de l'amour". Alguns até exageravam e, perguntavam; "Deixará para terra comer?". Eu continuava firme acreditando que sim, ele chegaria... e chegou... mesmo! Veio de mansinho, cheio de promessas... Por isto, mais uma vez veio a desconfiança...
O amor chegou como brincadeira séria. Novas experiências. Com inúmeras decobertas. Paixão.Virou tormenta, com ventos fortes, do tipo que deixa  tudo desleixado, bagunçado.Trouxe tristeza. Perdas.
Mas... como tudo na vida passa, a Tormenta passou, o vento forte amainou, a paixão transformou, a descobertas viraram experiências de vida, a tristeza desapareceu. As perdas, foram superadas. As ilusões foram perdidas. Sem mitificações.
Aquele Capítulo fora encerrado, a minha história de amor, não. Espero dele, ainda, agradavéis surpresas, com novas experiências. Só que, desta vez, as experiências adquiridas serão enfrentadas com serenidade. Serenidade que só os amantes que passaram por toda sorte de contrariedades, conseguem ter.
Que o amor continue .... "além, muito além do sistema solar, até onde alcançam o pensamento e coração" e, pragmaticamente, que a vontade de continuar vivendo, se perpertue....
Afinal, contra natureza não se luta... contra a força do genes.... o quê se há de fazer?

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